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Sou mulher, sempre prenhe...
Prenhe de vida, sou fêmea, sou mãe
Porque meu ventre é acolhedor
Tudo em mim é semear, é germinar
Minha sensualidade é úmida, úbere
Quando banhada de águas e maresias
Perfumada de verdes seivas,
Sou tão imensa quanto fecunda
Minha sensibilidade é arrebatadora
Minha natureza pode ser temperamental
Quando me revolto da cobiça do filho homem
No descuido da fauna, da flora de seu bem viver
Renovo-me em temporadas das estações...
Meus grandes aliados, o tempo e o vento
O que me fertiliza, a luz de brilho do mais que amante sol
De grãos fecundados de mim, brotam a vida...
Vida quando matéria efêmera acolho em seu decompor
A torná-la semente fecunda, a fazer brotar, a renascer de mim,
porque sou abrigo, sou ninho, sou ultimo refúgio.
Lufague