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O fim do mundo me parece uma
linguagem mítica e fértil, e abstrata é a realidade que fantasticamente o define.
Como concreta é a ilusão existente desse mundo metafórico na perspectiva de seu
juízo final.
Somos todos finitude e morremos
um pouco a cada instante enquanto passageiros na eternidade verde da natureza
cíclica que sempre se renova.
Enquanto humanos somos laicos, doutos,
filósofos, cientistas, religiosos, profetas algozes em revelações apocalípticas
sobre nossa existência misteriosa e insondável.
Não contesto o final dos tempos
porque nele morremos e/ou destruímos sempre que hostilizamos os sonhos, as
esperanças, quando conflitamos e banalizamos a vida e a morte, quando não
conseguimos equilibrar o antagonismo do bem e do mal de nosso intimo e vasto
universo.
Porém somos reduzidos à sujeição
das possíveis e imagináveis interpretações dessas proféticas teorias
fatalistas. Contudo creio na obviedade do começo, meio e fim para a totalidade
das coisas, e tudo é uma simples questão de tempo... Sendo assim, nada mais
democrático que o fim do mundo a ceifar tudo e todos. Então que seja rápido e
fulminante, sem lorotas alienantes, e como bem diz a celebre frase do filósofo
Santo Agostinho, ”Qualquer previsão que fale em uma data será fábula ridícula”.
Lufague