sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
PROSTITUIÇÃO!
Minha moralidade não está na reflexão,
Nem na doutrina, nem na exaltação das virtudes sutis
Sou fato da natureza amoral, aviltamento descomedido
Sou a satisfação dos prazeres do mundo que se diz infeliz.
Sou o alimento de sua transgressão,
Sou a realização dos seus desejos proibidos
Sou a que isenta, de paixões, amores, seu coração
Sou a que tenta dar ao seu ilegítimo prazer, algum sentido.
Sou a possibilidade de seu ousar, seu extravasar
Sou a passageira do não compromisso, do não afeto
No universo das crianças faço seus sonhos, sua ingenuidade naufragar...
Na leviandade, imprudência, irreflexão de meu apego.
Do sexo prometo vida fácil, porém sou à escravidão,
Sou aliciada por uma organização, quando não,
Faço ponto na estação, para à sociedade que me faz útil, sou degradação,
Sou a que barganha sua satisfação, mesmo considerada profanação.
Tenho como bom álibi, ser a mais antiga profissão
Sou a válvula de alivio do não consentimento, da proibição
Entendo não ser exemplo de maior consideração,
Como instrumento de cumplicidade, tenho à pseudo convenção.
Lufague
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