quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
MARIA FLOR !
Maria Flor, brasileira, nordestina, na essência juventude de seus 20 anos, como botão de rosa, em sua beleza física a desabrochar.
Privilegiada seria à Maria, por nascer em um país de belezas mil, na singularidade em dimensão continental, desse tropical Brasil. Privilegiada seria Maria por nascer na luminosidade da cidade denominada Natal, que homenageia a cristandade, como símbolo, como marco do nascimento do Cristo Redentor. Privilegiada seria Maria porque lhe deram nome de flor, mas à sina de Maria desabrocha em triste despetalar dos sentimentos em dor.
Filha de mãe solteira, cujo pai desconhecido, pelos caminhos do mundo desandou. Maria nasceu na comum pobreza, no ocaso negativo da miséria, na não perspectiva de uma flor. Na beleza de sua carente juventude, em seu caminho o cruel destino lhe cruzou. Maria foi interceptada por um frio aliciador. Moça semi-analfabeta, atrelada ao laço da cultura brasileira do não recato, na expansão da expressividade espontânea, deu de cara com o que julgava ser um salto ao futuro de um mundo melhor.
Recebeu Maria de seu algoz, as mais belas e falsas promessas. Sem nenhuma formação profissional nem mesmo u’a mínima educação formal, que pudesse a Maria se orientar.
Foi Maria servir à satisfação lascívia dos outros, em um desconhecido, majestoso voo internacional Europeu. Virou escrava branca ,submissa da mais antiga profissão.
Maria caiu na rede do crime organizado a distancia, a globalizada e indigna prostituição.
Triste sina de muitas, belas e jovens Marias ...
Lufague.
This obra by http://lufaguefreitas.blogspot.com/ is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso Não-Comercial-Vedada a Criação de Obras Derivadas 2.5 Brasil License.