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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013


À noite...



Quando o amor se faz melodia,
a escuridão da noite se esvai...
O prazer quebra a melancolia,
como se fosse um pecado alegre.

A enorme estrela fixa, não pisca,
só goteja luz como as palavras
que sussurram o silêncio,
através do brilho caramelizado
de teus lindos olhos...

o aconchego sem asas
a envolver-nos à'lma.
Ilusão sem abismos...
Como o cacheado dos dias
que laceiam as paixões.

Lá onde deslizam os sentimentos
onde os sorrisos são iluminados,
os sonhos tomam à forma de silhuetas
sem tédios,quebrando a solidão,
na doce carícia dos abraços.

No fim da noite, o sol puro, baila,
beija o gemido desse verde oceano.
E as estrelas do amor amiúde insistentes,
ainda convidando, piscavam sobre nós.

Lufague

05\12\2013

Imagem Google.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Beijo azul.

Imagem Google



Tão lascivo,
viril,
penetrante,
numa busca
molhada.
A oferecer,
teu céu miragem,
 azul dos ares,
frenéticos desejos,
a preencher
vácuos que fulgem,
minha
carência
de beijos.

Lufague

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Imagem Google


Poeme-se...

Para não se perder nas armadilhas dos vazios.
Para aliviar o sabor acre da existência,
 para que sempre possa amenizar da vida, os dramas.
Para não atordoar-se da inutilidade do tempo estreito.
Para colorir de abstratos o prisma da crua realidade
Para encantar os óbvios de maviosidade.



Poeme-se...
Para não deixar despercebido:  o fino véu
da beleza que cobre toda fealdade,
o doce alimento das idealizações.
Para que possa da simplicidade assombrar-se .
Para que em ti,
todas as luzes permaneçam acesas.


Poeme-se...

Lufague


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segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A PROPÓSITO DO TEMPO...

Imagem Google





Oh tempo! Senhor deus desse universo de seres, de tudo quanto existe.
És o prisma temporal de nosso modesto entendimento do mundo,
Porventura o idealismo subjetivo de nós mesmos.
És senso comum expresso na intimidade de nosso estado sensorial 
Sob a autoridade de teus contextos e fundamentos.
És sábio, sentencioso, misterioso, sutil, ininterrupto...
Impregnado em todos e em tudo,
Feito espírito silencioso meneando os ventos,
Relíquia, causalidade, elemento de Deus.
És o paradoxo: generosidade dos princípios, o vigor,
E a perversa degradação da perecividade dos finais.
Estais entre a origem, a duração e a consumação da existência.
E na eternidade dos séculos...
És real, razão e consequência, ilusão cíclica dos cotidianos.
És destino, poder referencial, tribunal implacável.
Juiz, a oxidar, a reduzir à nada dos nadas,
O ínfimo instante de um momento do que somos.

Lufague 
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segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Fé.




Engoli todas as estrelas
do céu na boca da noite.
Fiquei em iluminuras.
Ganhei passe livre
para além do horizonte...
Canalizei para dentro essa felicidade.
Uma perfeita combinação azul,
entre o amor e a esperança.
No instante desse ato,
emudeci, de alma saciada.

Lufague

Imagem Google.



quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Fartei-me de ti.


Imagem Google


Entre nós já não existe alquimia.
Não contemplo mais tua beleza,
Nem teu cheiro me causa o lusco-fusco do alvorecer
Teu sorriso descolorido não mais me motiva
Nem mesmo a tua voz soa uma ópera de Verdi
Não há mais nenhum desafio em teu olhar.
O brilho irisado de teu desejo não mais me acende,
Tua sensualidade não me aperta o "play"...

E o meu pálido amor não mais te comove.

Lufague 


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Tua imagem, uma poesia.

                                                                      Imagem Google

Tua imagem, uma poesia
 
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Hoje procurei uma poesia,
Saudades de uma poesia,
Uma poesia terna, bonita,
Que me arrancasse da alma esse desejo,
Melhor,
Queria saciar essa vontade de poesia.
 
E vi tua imagem
E vi que era uma poesia essa imagem
E senti saudades,
Uma saudade boa e pacífica.
 
E fiquei ouvindo a música, o suave piano
Ao fundo.
A sua imagem acalmou meu espírito.
Sua imagem, uma poesia.
 
Milton Filho
 
(um mimo)

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Dos filhos teus...Brasil Pátria Amada!

Imagem Google 




Gigante por natureza, enfastiado de amores vil.
Fulgurando os séculos, entorpecido em berço esplendido,
Minado pela podridão dos sentimentos de alguns,
Na vasta fronte dos egoísmos dos filhos teus...

Gigante por natureza, pleno de amores mil.
Na ânsia de ouvir os que não calam o direito à indignação.
Os que têm nas veias o sangue que flama.
Na justa voz, agora o grito que clama dos filhos teus...

Gigante por natureza, nutrido de esperanças.
Se ergue no desejo de ser desperto,
Por cérebros de pensamentos em sonhos e anseios.
No limite das aflições, em altiva atitude, na força dos filhos teus.

Lufague.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Por que tanto motim?


Imagem Google



Os políticos de nosso país estão desnorteados, não entendem o que está acontecendo com essa juventude brasileira transviada, provida de abastança e ingrata.
Por que tanta revolta?... Nada justifica tanto motim.Afinal eles têm tudo, vivem num paraíso tropical de samba, fank, futebol e carnaval, não precisam de mais nada.É verdade que pagam impostos caríssimos, mais de cinquenta tributos, mas, tudo está a contento. Afinal eles têm tantos privilégios, uma educação formal de primeira linha, um sistema de saúde de altíssima qualidade, uma segurança pública garantida e compromissada, transporte público excelente, e entre tantas outras prerrogativas especiais, só lhes falta um pequeno detalhe: uma graça peculiar, Estádios Arenas  suntuosos adequados à sua realidade para que possam realizar suas ‘frequentes’ competições esportivas mundiais e lá expor seus troféus olímpicos, suas taças ornamentais, para que todos possam ver o triunfo de suas copas.
Lufague. 

segunda-feira, 3 de junho de 2013

O sentido da vida...

                                                   Imagem Google



O sentido da vida não está pintado por fora,
Encontra-se do lado de dentro da pronominal percepção.

Dentro de mim:
Seu sentido é absoluto, soberano mistério.

Dentro de ti:
Pode ser comédia, dito engraçado e picante.

Dentro d’ele:
Pode ser uma relativizada razão insignificante.

Dentro de nós:
Pode ser vinculo recíproco, mutualidade de amar.

Dentro de vós:
Pode ser enlevo, indiferentismo existencial.

Dentro d’eles:
Um arrebatamento sensual, um usufruir enquanto possível.

Pode ser...

Lufague

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Na apatia do sol...


Nascemos puros como uma flor de lótus.
Frágeis /fortes e fecundos...
Filhos da luminosidade plena do mistério.
Vivemos glórias, misérias, flagelos, delícias...
Em um tempo condensado de brevidade/monotonia
Enlevados de vaidades, verdades e ou ilusões.
Mergulhados em lapsos da alienação de uma invulnerabilidade eterna.
Encantados de amores, cores, felicidades, quimeras.

[Velozes centelhas da efemeridade]

Porém nossa existência é resoluta,
Seu mais certo objetivo: o leal pacto com o escárnio da fatalidade
Quando na apatia do sol descorado,
Esmaecemos na inevitabilidade.
Lufague 



domingo, 5 de maio de 2013

À língua, meu beijo e minha oração

Imagem Google.


À língua, meu beijo e minha oração



A língua é esse istmo que nos religa,
Um fio, uma delicadeza para os delicados.
Uma arma para os beligerantes.

É, por assim dizer, nossa religião,
praticada diariamente neste altar:
O céu de nossas bocas.

Ou neste papel, superfície e,
Quem sabe, espelho,
Onde pousa os teus olhos.

O que vês aqui? Amor ou medo?
Sabe que és tu em qualquer escolha.

Mas se digo, te amo, é uma oração
E, o teu encanto,
Uma resposta à minha prece.




MF.



PS:Um presente maravilhoso que recebi de um amigo  poeta luso,  mestre na arte de versar.Sua página:
http://www.luso-poemas.net/modules/yogurt/index.php?uid=17329

quinta-feira, 28 de março de 2013

Minha caixa de Pandora!

Imagem Google


O subjetivo deus subconsciente de mim,
onde todas as representações mentais são guardadas,
entre o bem, o mal e a esperança.
Onde habita minha força , coragem e seus contraditórios.

Minha energia oculta...
A emanar o mítico poder cósmico.
O sobrenatural,
audácia de minh'alma.
Acuidade de minha visão obscura/plena
a esconder a clarevidência ,
da absoluta e eterna realidade.

O eu submerso.
Minha origem divina,
sede criadora de mim.
O bálsamo essência de meu espírito,
sem delimitações...

O palco, onde Deus se manifesta.
Deixando aflorar na superfície,
o raciocínio lógico de minha consciência objetiva,
para com a objetividade da vida, interagir!

Lufague



 
 
 



quarta-feira, 20 de março de 2013

Todas as árvores possuem flores.(Homenagem ao dia da árvore)

Imagem Google


Toda árvore possui flor.
E a vida caminha embaixo dela...
E de seus frutos se alimenta,
de sua fotossíntese respira
de sua celulose abastece-se,
tira-lhe a cortiça,
a lenha de seu lume,
a madeira de seus instrumentos...

Lenhoso vegetal
de brilho e clorofila.
A perene seiva
de sua copa à raiz.
A revestir de solidez
o solo que se anda.

A exemplo: 
Seu legitimo poder na natureza.
A doçura edificada
dos açucares em suas folhas.
A generosidade de sua sombra.
A versátil zona viva
de suas estações funcionais:
Vívidas flores da primavera,
folhas sábias caducas do outono,
seu súber  às intempéries,
em sua protetora fortaleza.

A sabedoria a encantar os ventos,
que polinizam suas cores, seus aromas.
Como se todas fossem árvores ornamentais,
magnólias, ipês, flanboyants,
a adornar em beleza e essência nossa vida. 

Lufague 






quinta-feira, 7 de março de 2013

Sonho de amor.


                                            Imagem Gloogle.

Desabotoei os sentimentos
em um olhar poético.
Acendi as estrelas do vasto teto,
medindo metros da noite.
Entendi o amor como natureza íntima
da história dos séculos.
Que se afoga nas fumaças do cotidiano.
Para que se possa ressuscita-lo constantemente
No abundante oxigênio da poesia.

Desabotoei o efeito de sentir.
Roubei-lhe a metade de um sorriso.
Beijando-lhe a emoção meio quebrada.
Sentindo na brisa morna,
A fragrância de março,
que sempre revigora,
o célebre sonho de amor em mim,
que nunca acaba...

Lufague


segunda-feira, 4 de março de 2013

Imaginário

Imagem Google


Na magnitude particular
 Desse meu vasto universo,
Onde emolduro os pensamentos,
Dou roupagem aos sentimentos.

No pequeno desenho das letras, o sentido,
A representação de meus delírios reflexivos.
Entre os mergulhos rasantes, e altos voos
Feito beija flor de fronte violeta.

Na fragilidade de minh'asas:
O cinza opaco das frustrações,
O peso do tédio que  teima, tão inerente ao mortais,
Os desejos insaciáveis molhados de melancolia.

Tendo em contraponto:
O colorido que me veste o entusiasmo,
 O espasmo erótico das alegrias,
A esperança aromática impregnada de mel.

O ponto de vista em perspectiva,
Logo ali, acima de tudo,
 O meu céu de nuvens...
Imaginação.

Lufague





















 














 



sábado, 23 de fevereiro de 2013

Do envelhecer...( Reflexão de aniversário).

                                           Imagem Google. 


Repensando a máxima que aos “quarenta anos somos a velhice da juventude e aos cinquenta anos somos à juventude da velhice”, dou-me o prazer de entender que o tempo tem como missão factual os ensinamentos inerentes à vida e com a idade aprendemos por vontade, coragem, atitude ou até mesmo efeito osmose.

Ganho a capacidade de entender a implacável ação do tempo na missão de envelhecer e envelhecendo torno-me consciente dos efeitos do tempo que se veste de meu cotidiano, de minha rotina, quando me torno mais amável comigo mesma, em estado ciente de autoestima, não preciso de criticas, censuras, nem obedecer aos sutis mandamentos de deveres já estabelecidos.

Ganho a capacidade em compreender meus direitos e meus desejos e porque não minha corajosa teimosia? Dou-me ao deleite de experimentar a vida, dou-me ao prazer de conhecer a liberdade como doce/maduro fruto do envelhecimento. Dou-me ao agrado de libertar-me das convenções, o dever das justificativas, das satisfações, do demasiado valor que damos ao que os outros pensam de nós, valores que quando jovens utilizamos como prioridades.

Ganho a capacidade de entender que preciso mergulhar de cabeça nas ondas do tempo que faz de meu físico um corpo decadente, mas, em contrapartida lapida com destreza meus sentimentos, minha aceitação no entendimento de que o tempo não privilegia nada nem ninguém. Dou-me ao agrado de compreender meus sofrimentos, minhas dores, minhas decepções, como quereres e ou merecimentos.

Ganho a capacidade de entender que a revelia meu coração pode ser partido pela ação do tempo em consequência dos relevantes acontecimentos, mas, dou-me a satisfação de conhecer a imperfeição, o prateado de meus cabelos brancos, os sulcos tatuados das marcas de expressão de meu rosto em total paradoxo que me “enfeiam” e me embelezam de experiência sábia.

Ganho a capacidade de negar com veemência a negatividade da vida, por entender ser absoluto tempo perdido, e o contentamento de compreender que o tempo que nos resta é contabilidade transcendental e a principal moeda dessa barganha vida/tempo é o ganho liquido, Felicidade!

Lufague

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Realidade de um sertanejo nordestino e seu dialeto.

                                           Imagem Google






Zé, um cabra macho, (homem valente), cabeça chata (cabeça angulosa, típico de cearense), batoré, (baixinho), um cambito, (perna fina) presepeiro (espalhafatoso) devoto do padim (padrinho) Padre Cícero, e sozinho.
Nascido no sertão brabo, onde a terra é esturricada de tão seca porque ali nunca ou quase nunca chove. De verão a verão por lá não tem estação, nem mesmo a de trem tem lá... È sol a pique de rachar.


Zé mora num barraco de pau a pique, (barro e talos de madeira) com telhado de palha de carnaubeira, um chão de barro batido, pra não causar muita poeira, paredes de fora caiadas de amarelo queimado (cor laranja). Como mobília tem Zé; no canto da sala, um pote de barro pra esfriar a água de beber barrenta, um banquinho feito do tronco da carnaubeira porque dela se aproveita tudo, até a cera. Um fogão de barro à lenha, uma panela, uma caneca de alumínio reluzentes, luzidos com areia, um pratinho de ágata e uma colher de pau, pendurados na parede: uma rede de dormir pendente no armador e um lampião a querosene. È esse o patrimônio do Zé.


O dia do Zé começa cedinho, com o canto distante de um galo que lhe desperta ao alvorecer. Veste sua roupa desbotada do sol, calça suas surradas alpercatas (sandálias de couro), na cabeça, seu chapéu de palha.
Lá vai o avexado (apressado) Zé, ao açude mais próximo, umas tantas léguas, buscar sua água meio barrenta em sua lata de zinco, por uma estrada morta de chão encarnado (vermelho). Logo volta Zé ao seu barraco e prepara sua boia, uma gororoba (comida de má qualidade) feijão meio encruado, temperado com pimenta malagueta, farinha e alfenim (tipo de rapadura).


Zé vai a luta não fica de flozô (atoa, sem fazer nada), vai ao seu pequeno roçado, capinar a terra seca. Na esperança de uma chuvinha, mandada por São Pedro, pra fazer seu alimento brotar, isso seria pau d´égua (legal). Enquanto labuta ao sol, certamente sonha com um pão sovado (de massa fina) e uma panelada (prato feito de tripa e bucho de boi).


Ao fim da tarde meio baqueado (fraco, triste), toma Zé o rumo de casa, ainda vai à baixa da égua nas brenhas, (lugar distante, difícil acesso), pegar uns gravetos de lenha seca, pra seu fogo atiçar. Já quase noite volta Zé de sua labuta, meio ingembrado (torto) cansado em sua inhaca (mau cheiro de sovaco), com seus gravetos de lenha no ombro. Na cabeça, um pensamento da melhor hora do dia, o seu lazer, uma dose de cachaça só pra ajudar a dormir, porque cu de cana (cachaceiro) ele não é.
Seu sonho atrelado à desesperança de um dia talvez, ter um futuro um cadim (pouco) melhor.
Cabra invocado (corajoso) esse Zé!


Lufague.


 (Homenagem ao nordestino, cearense, sertanejo e seu linguajar).






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