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quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

RÉVEILLON!



Entra ano, sai ano...
Cronologicamente só mais uma seqüência temporal
Tendo sido período satisfatório, hum! bem legal...
Se nem tudo foram flores, também faz parte, não há de todo mal.

Outros trezentos e sessenta e cinco dias decerto, chegando
Alegrias, Esperanças, Desejos, Felicidades...
Nesse repasse de ano a ano, buscamos sempre em nós uma boa transformação .

Cortinas fecham-se ao passado, arquive-se a ele o velho ano.
Em nós, nasce em flama o ano sucessor ....
Com a luminescência fria de um vaga -lume que pisca na escuridão
Artifício de luzes em fogos quentes,Viva! ao tempo seu próprio criador .

Inicia-se um novo ano ...
Momento de olhar para dentro de si ...
Analisar acertos e erros sem soberbas, sem culpas
Festejar o que há de bom e ao ano vindouro celebrar, o Futuro que advir.

Lufague

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

NOITE DE EMOÇÃO!


Hoje, só hoje sinto sua sensibilidade em minha docilidade, vejo a pureza de seu coração e mente refletida nos meus sentimentos que estão forrados de seda. A magia e o misticismo me avivam o espírito de mim mesma , não tenho medo de compartilhar o meu calor humano,minha bondade, minha beleza interior, meu espírito está livre pode até voar, sobrevoar à alegria,à paz completa nesse momento de alienação ou esclarecimento.
Nessa noite divina é a ilusão que me chega à aceitação e compreensão, minhas deficiências e fraquezas, deixei há uns instantes atrás, no ocaso do sol, só vejo o brilho da estrela e nessa noite de emoção é que me revigoro no outro, de fé, de amor, do bom da vida, tudo é grande belo e forte neste “teatro” positivo do entusiasmo, 2009 é aniversario de alguém,muito especial... Natal!

Lufague.

sábado, 12 de dezembro de 2009

NÃO NASCI HUMANO!


Não nasci como a abelha que já nasce abelha
Nasci ser dotado de construídas dimensões e pressentimentos
Que na vivencia me tornam humano em cada centelha
E nesse humano habitam a consciência e os sentimentos

A consciência de que sou mortal e verdadeiro
E nela o entendimento de minha condição singular.
A certeza de que tudo na vida é relativo e passageiro
Que a vida é também construída de frustrações em particular

Entendo que passar por elas é processo de humanização
É também entendimento dos sentimentos de confirmação
Que a solidão se desdobra em sentido de abandono e liberdade

Que a insegurança me leva na busca do outro, em proteção
Mas que mesmo acompanhada, sou sempre só, nessa imposição
E o tempo posso te-lo como aliado, nessa humanização e crescimento.

Lufague

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

VIDA EM TRÂNSITO!


Trafego nas vias em fluxo, marchas abertas
Motorizados veículos, pedestres, ciclistas, animais,
Feito constante fluido das sanguíneas veias em alerta
No trajeto passagem do movimento, circulações reais

Marcas viárias, semáforos, no interromper dos cruzamentos
O acasalamento das vias no momento spin, na cruz do transitar...
No limite da velocidade, no domínio estresse do não isolamento
No trafego, no ilusório sentido de em algum lugar chegar.

Nesse complexo curso continuo rodopio
No andamento rápido, vivaz e passageiro
No efeito lógico do movimento transitório

A vida segue, em placas de regulamentação
No pare, siga, nos retornos dos caminhos compridos...
Na lógica das arruandelas na condição do verbo circulação

Lufague

domingo, 8 de novembro de 2009

INSENSÍVEL CIVILIDADE!


O ser humano perde sua capacidade criadora, sua inteligência na incivilidade
Quando expõe o bruto de si, na agressividade que lhe habita.
Ao não respeitar as diferenças, ao se julgar superior e absoluto...
Ao ignorar a tolerância, à flexibilidade da boa convivência, o respeito das relações, à afável cortesia.
Quando faz prevalecer seus objetivos, negligenciando , ignorando o outro.
Incivilidade é trapacear, é se utilizar de falsas desculpas, ferindo a dignidade do comportamento honesto e probo... Porque amabilidade e respeito atingem o fundo d’alma, criando equilíbrio das relações e fazendo gerar paz interior, só extraída da dignidade de si mesmo, do decoro, no respeito mutuo e consideração da boa urbanidade.

Lufague

REDE...DOCE BALANÇO!



A rede de dormir é minha fiel companhia
No enlevo suspenso de seu doce balanço
No cheiro do mar, nessa praia de maresia
Na camaradagem, na imaginação em mimanço.

No abraço doce de minha rede...
Na harmonia da brisa, sonho flores
No entrelace de seus fios, sou hospede
Inebriada na rede de ilusões, sonho amores.

Nela delicio-me de cada instante de ociosidade
No vaivém embriagado de indolência...
Na bem-aventurança dessa simplicidade.

Envolvo-me na rede de sonhos e fantasias
No frescor das horas da noite...
No calor das horas,ao zênite, do pino do dia...

Lufague

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

DOMINGO REGRA-DE-FÈ!



Dimanche (dia do senhor)
A igreja reza; que as gentes têm de rezar,
Lava-se à alma da lama (trocadilho), enxágua-se o espírito
Abre-se caminho para no recomeço, novo pecar.

Sunday (dia do sol),
O sol que brilha...a intimar
É dia de praia, dia de maresia...
No frenesi da diversão, na febre do calor, também o cansar.

Domingo...
A convenção do encontro familiar
Almoço e jantar, macarronada, lasanha, pizza
Ou nada a deleitar-se...
A intenção; talvez o consenso das gentes, dos dramas, conciliar

Dies Dominicus...
Da semana o primeiro dia,
No tédio ou no entusiasmo dos ânimos,
Cair na completa ociosidade da preguiça ou indolência
Reza o mandamento do dia no preceito do descanso.

Lufague.

TEIA DA VIDA!


Sou tecelã, percebo a vida como um entrelace de instantes e sentimentos
Vou compondo minha teia em fios na coordenação ou inaptidão de minha habilidade.Vou tecendo a vida em ornamentação e entrecortar, do fazer e refazer. Assim sou tecelã a entreter-me em fios.Fios dourados e brilhantes, mas, que por vezes se enrolam em nós que só a custo se desatam...Tranço a vida também em cipós, que se tornam chicotes de açoites, ou em contrapôs num emaranhado de fios de estopa que em serventia lavo os sentimentos, esses que tecem as intrigas, as covardes disputas e por fim, esses mesmos fios me limpam as culpas.Vou tramando meus fios em teias de mera fortuna e infortúnios, feito a teia de Penélope. No recomeçar indefinidamente, até me deparar ao acaso com um filete de lâmina a cortar a trama de minha teia.

Lufague

quarta-feira, 14 de outubro de 2009


TEMPO!
Há tão pouco me parece eu não prestava atenção no tempo.
Ele se infiltrara por entre meu ser, eu o acariciava lúdica-mente
Não tinha intenção de detê-lo, brincava de amor com ele.
Divertia-me infantilmente,dançava, saltava, era tudo uma grande folia.
E nesse gracejo meus dias a se esvair em instantes sem que notasse.
Ele beijava-me, em minha inconsciência levava junto, o muito dos meus sonhos, esperanças e fantasias.
Eu o olhava em assombro de admiração e na simpatia ele me furtava o entusiasmo.Em minha grande afeição achava que o retinha, mas ele me fugia como a brincar de esconde, esconde. Querendo ser feliz, corria atrás na tentativa de alcançá-lo, ignorando o passado, sem pensar no que viria...
Estou ofegante,não consegui segura-lo. De presente ele me deixou marcas pela expressão na face, os medos do fastio e desgosto do fim, deixou também a reflexão de minha cumplicidade, minha culpa em tê-lo feito algoz da juventude em mim.
Lufague

domingo, 11 de outubro de 2009





















VIA DE ACESSO!

Seguem-se os caminhos
Caminhos pela vida ofertados
Encurvados são esses caminhos
Caminhos íngremes, estreitos e largos

Caminhos bem definidos
Indefinidos são os caminhos
Caminhos que rumam aos destinos
Destino algum tem os caminhos

Caminhos envoltos em nevoas
Misteriosos são esses caminhos
Caminhos claros de vivas cores e flores
Secas folhas púrpuras revestem os caminhos

Caminhos de raios luminosos
Obscuridades que alumiam os caminhos
Caminhos de livres e fáceis acessos
Obstáculos enfeiam os caminhos

Caminhos diversos a escolher
De ‘versos’ são os caminhos
Caminhos que criam, são poéticos
Realidades ilógicas dos caminhos

Caminhos na esfera dos horizontes
Inobserváveis são esses caminhos
Caminhos que alçam, elevam
Declináveis são os caminhos.

Caminhos que só levam
Mas,de retornos são os caminhos
Caminhos que se abrem, principiam
Finalizados são todos os caminhos

Lufague

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

VELHICE DO ABANDONO.

foto net


Vivo o que me resta, mesmo na avaria
Quero a velhice plena, de sabedoria
Numa sociedade justa de minha decência
Porque na vida sou hábil experiência.

Não quero ser seu óbice, ser empecilho
Nem o estorvo a atrapalhar, ser obstáculo
Muito menos a insapiência, incapacidade
Nem ser devoluto confesso da ociosidade

Não quero ser sinônimo de morte
Tampouco o desamparo da sorte
Nem ser abandonado na solidão
Não desejo ser objeto de cavilação

Não quero ser considerado sapato velho
Nem o remorso da violência,(é um conselho)
Não quero ser qualificado de desperdício
Nem tampouco caderno de rascunho, enguiço

Quero a merecida gratidão de colibri
Ser reconhecido ao que produzi
Quero o respeito pelas falsas ilusões
E pelos concretos que deixo, das convicções

Quero a dignidade da longevidade
Do progresso fiz parte, na possibilidade
Quero dos direitos civis, bom tratamento
Quero o amparo, respeito e reconhecimento.

De ingratidão só aceito a do implacável tempo
Por minha perecível e inegociável degradação.

Lufague

quinta-feira, 8 de outubro de 2009


CRIANÇAS DO ABANDONO!

Crianças são semeadas
São sêmen-tes plantadas,
No seio materno da existência
Brotam-se da água, da natureza
Do amniótico liquido prover.

Inauguram-se na vida...
Com a missão, à obrigação factual,
De ser o elo da própria continuidade

Em sua carente fragilidade,
Precisa do abraço terno, provedor
A lhe criar raízes e através delas
A crescer, se desenvolver,
Se fortificar, se tornar arvore,
De boa sombra frutífera

Mas nesse mundo injusto e cruel...
São lançadas a própria sorte...
Aos ventos do acaso, a sofrer na pele
O estado vergonhoso da miséria e injustiças,
Do brutal desumano, que lhes rejeitam.

São filhos da fome, da solidão,
Dos medos, da injusta miséria,
Habitam sob as marquises,
Sobrevivem dos semáforos,
Alimentam-se de líquidos solventes
Desmoronam-se na fumarada dos craques

São marcadas na alma,
Pelos açoites das tragédias
E se perguntam o porquê...
Vão ao abandono abrir feridas
Pútridas dos sentimentos, da não resposta
Que com o tempo, criam crostas, arestas...

Que viram espinhos, cacos de vidros,
Estiletes, revólveres, armas
De dois gumes, a ferir, matar e ou morrer.
São troféus gerados das desilusões...
Do moldado caráter, pelos infortúnios.

Condenam-se à convicção do instinto
De perder a cruel lucidez
Toxicada, alucinada, no torpor
De suas carências e revoltas,
Pelas feridas que sangram
...A ingratidão da vida.

Lufague.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

AMANTES!

Ser amante é antes de tudo vencer o obstáculo hipócrita de pureza/impureza.O amor é desprovido de tabus e em sua força ,decifra, modifica,comportamentos.É teologia de libertação, é não reprimir nem negar, é deixar-se ser o que é. É um pouco de egoísmo no enlevo da doação, é amor desnudo de ética. É abraço pretenso da não convenção, é querer mutuo por querer mutuo. É negar a negação, é poesia de resistência, é experiência do pecado venial.Na alegria, no prazer de um encontro lúdico, é mediação de cumplicidade,reciprocidade, é inebriar-se no deleite da transgressão, é nudez de graça e beleza,do estado de amar incondicional dos amantes. (...)

Lufague

domingo, 9 de agosto de 2009

UMA QUESTÃO DE TEMPO!

A tudo que se vai...
A tudo que se vem
Os caminhos as estradas
Suas idas e vindas também.

A tudo que se vai...
A tudo que se vem
A plenitude do ser,
Sua obscuridade também.

A tudo que se vai...
A tudo que se vem
A felicidade que inebria
A saudade angustiante também.

A tudo que se vai...
A tudo que se vem,
A ilusão rasgada que nos chega,
A realidade nua e crua também.

A tudo que se vai...
A tudo que se vem,
A beleza da juventude festiva
A sabedoria vestida de vetustez também.

A tudo que se vai...
A tudo que se vem,
O amor que se diz eterno
A paixão fantasiada de amor também.

A tudo que se vai...
A tudo que se vem,
A vida no espaço da existência que passa...
A incerta dúvida que ela possa voltar também.


Lufague

domingo, 2 de agosto de 2009


O dia se oferece
Como algo grandioso,
Deslumbrante
Como dádiva
De tempo
Presente,
Possibilidades,
Surpresas,
Como cotidiano,
Rotina.
Mas,
Na grandiosidade,
Luminosa
Azulada de
Um céu anilado,
Na suavidade
De brancas
Nuvens
Passageiras
Feito flocos,
Algodão,
Na aurora
Úmida
E refrescante.
E se despede
Em maravilhas
De pores de sol.
Na sagrada
Verdejante
Natureza
Viva,
Na grandeza
Do essencial,
No permanente inicio,
Fim
Recomeço.
No calor
Que aquece
Um verão de sol,
No frio cinzento
De um inverno
Hibernal.
No ar fino e puro
Que energiza à alma
E faz espalhar
Sementes
Para que germinem
Um tempo
De semear
Oportunidades.
Como instrumento
Aos nossos
Sonhos,
Entusiasmos,
As nossas atitudes,
E apatias,
Aos nossos vícios
E limitações,
Ao cepticismo
Ao milagre,
Da realidade
De um
Novo
Dia.

Lufague


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quinta-feira, 30 de julho de 2009

ALZHEIMER, RETRATO FALADO

Chego sorrateiro na companhia do tempo, que precariamente lhe consome.Infiltro-me no processo de envelhecimento, me fazendo natural em seu esquecimento,em sua desorientação do não lembrar. Mas, meu objetivo maior é destruir...progressivamente seus neurônios, é lhe deixar em completa apatia,sem motivo aparente, se possível lhe levar à depressão,roubar-lhe seu juízo e critica, na confusão de seu raciocínio.Torna-se sua incessante ansiedade, sua inquietação, sua agressividade.Desorganizar seu sono e seus pensamentos em delírios.Dificultar sua locomoção, lhe deixar em total dependência.Roubar-lhe sua funcionalidade, seu cognitivo racional, seu cérebro.Sou o mal crônico a causar sofrimento, esteja atento.Sou... ALZHAIMER!
Lufague

sexta-feira, 24 de julho de 2009


Sou o sentido da visão, em quimeras do desejo
No momento do olhar sensual...
Sou a influencia do cheiro, a estimular à vontade
Sou desperta por odores agradáveis de sentimentos
Na generosidade da imaginação em volúpia...
Sou à fantasia, trajada de torpor dos instintos
Sou à sensação lascívia da exuberância...
Sou à sensibilidade da pele ardente,
Do hálito morno em atitude...
Sou o arrebatamento em viva alegria do prazer
Sou à liberdade da exaltação do lirismo amoroso
Sou presença, na clara intenção de um fetiche.
Sou açúcar no mel do estado delírio do deleite
Sou calor do estimulo a acariciar sua erotização
Sou o impulso, em ondas a te levar ao momento êxtase
No estremeção do ato, no ponto findo do recomeçar
Sou em você,asas da excitação!
Lufague

segunda-feira, 6 de julho de 2009

PAIXÃO


Sentimento
Pungente,
Brotando da alma
Desejo intenso,
Vontade
Expressa
Sensações
A flor da pele
Alegria
Em sua maior
Intensidade
Desejo Em forma
De Euforia
Ardência,
Ânsia,
Amor querendo
Aflorar
Pensamento que
Voa no vento
MergulhoProfundo
No intimo segredo
Da alma
Inquietação,
Divino mistério,
Contagiante,
Inflamável,
Agradável
Incoerência
Sorriso no
Coração
Sentido
Aguçado
Brilho no olhar
Visão cristalina
Sentimento
Que dá plenitude
E cor à vida
Olhos de luz
Que observam
Em uma única
Direção
Paixão!
***
Lufague

quarta-feira, 6 de maio de 2009

BREVE PLENITUDE DA CONSCIÊNCIA


Em primeiro nível consciente,

Desperto, atento, logro nas mãos,

A realidade, um pé assentado...

Ao frio chão da emoção.


Em segundo nível consciente,

Entrego-me aos sonhos, o devanear,

O pé na ilusão, a possibilidade de meus desejos

Realizar, na vã consciência dos sentimentos.


Em terceiro nível consciente,

Entrego-me ao profundo sono cego,

Sem coloridos sonhos, no mais completo,

Reparador e repousado apagar.


Em quarto nível consciente,

Encontro a felicidade num ínfimo momento breve

De imenso contentamento,vindo do âmago em plenitude

Independente de estímulos externos...

O meu eu deus em completude com o Deus maior


Lufague

domingo, 26 de abril de 2009

MEDO DO MEDO


Medo, esse sentimento natural
É o que impulsiona e movimenta o mundo
Que serve para nos proteger do perigo real
Mesmo assim o medo é um ladrão fecundo

Furta nossas emoções, causa desconforto
Manifesta-se de varias maneiras, como modéstia,
Prudência, preocupação, pessimismo, inseguro porto
Na verdade, máscaras para o medo inconsciente, sombras sem réstias.

Medo de amar, por precisar a esse amor se adequar
Medo de experimentar, por querer se acomodar
Medo de realizar, por não querer acreditar

Medo de perder, e assim empobrecer
Medo de sofrer, por entender, não engrandecer
Medo de morrer, e assim enfim jazer...Infinitos são os medos.

Lufague



quinta-feira, 23 de abril de 2009

PODE A MORTE SER POÉTICA!

Diz o amigo menestrel: não há poesia em morrer!
Verdade, porém convém pensar...
Poética é a morte por sentença, natural
É morrer de morte morrida.

Poético é morrer quando...
A máquina de seu corpo,
Completamente oxidada pelo tempo
Já não tem serventia, nem conserto algum.

Poético é morrer por não...
Querer lidar como o cansado tédio,
o total esgotamento do entusiasmo,
Já então, muito envelhecido e nem tão bem utilizado.

Poético é morrer quando...
O coração em comum acordo com o cérebro,
Exauridos da labuta, unem-se em pulsar e ânsia
Num definitivo, digno ultimo suspiro.

Poético é morrer quando...
A vaidade faz parceria com a morte, por não suportar
O declínio de um perecivel corpo, vestido de uma pele fina
Desbotada, desidratada e plissada por rugas irreversíveis.

Poético é na ebriedade da morte
Sentir o cheiro das flores brancas,
O calor humano das velas acesas, em ultimas chamas
Flores e velas, companheiras de vida e morte.

Poético é pressentir sua chegada natural,
Na advertência de um ameno calafrio,
Sem temor algum, em reverência…
Num afetuoso sorriso de aceitação.

Poético é aceitar o percurso da vida
Como sendo o caminho lentamente suave,
Ao encontro do misterioso destino certo,à morte natural.
Qualquer outro tipo de morte é ultrajante!

Lufague









MERGULHO NO UNIVERSO INTERIOR!

Sempre que posso, navego em meus opostos, tentando entender essa dualidade inerente à nossa vivência. O meu amor no limite do ódio, minha alegria vinda da extensão da tristeza, minha felicidade subtraída da infelicidade, minha coragem que não se firma por meus medos, minha insegurança que não encontra seu contraponto pra se equilibrar,minha vontade de desbravar o mundo, mas encontra amarras no acomodar,minha inteligência vista amiúde de minha burrice asneirada.
Quando tento entender nossa história e sei que carregamos uma bagagem acumulada do que precisamos ser, do que devemos ser.Já nascemos com traçado configurado,como se fossemos maquinas programadas para vivermos em um padrão já estabelecido.Talvez se pudéssemos construir nossa própria história,criando valores a partir de nossa própria percepção ,teríamos uma vida mais significativa, livres de tantos erros,transgressões, porque não nos sentiríamos trapaceando o padrão social que nos é imposto.Complexo e difícil de analisar o comportamento humano,porque compactuamos com as influências e fundamentos desse tecido social que nos envolve.Navego também em meus pensamentos escorregadios, sobre o sofrimento e o amor,um sendo dual do outro, porque quem ama,não sai imune ao sofrimento,como diz o mago persa: “ O amor é um mal que ninguém quer curar-se”.
Navego também na dúvida que alimento sobre crença e fé, mas acredito na energia suprema de um Deus, presente, onipotente, divino. Acredito nos mistérios e tramas do universo para nos impulsionar, acredito no nosso deus interior,na força de um bom pensamento, na determinação, confiança e atitudes coerentes e generosas para termos plena certeza do bem merecer.
Enfim entendo que estamos num universo de entraves e maravilhas, e que nos basta entender à força de nossa liberdade, no sentido de poder escolher qualquer que seja nossa empreitada, mas que seja com profundidade, compromisso e determinação, dando sentido à nossa existência.
Lufague

terça-feira, 21 de abril de 2009

Creative Commons License
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LIVRE-ARBÍTRIO?

Livre-arbítrio, força de poder
Ter direito a liberdade de indiferença
Agir sem motivos, oportunidade ter
Manifestação consciente da divergência.

Serei livre para sorrir
Se o meu espírito travesso permitir
Serei livre para chorar
Se a melancolia me maltratar.

Serei livre para confiar
Quando da decepção, souber lidar
Serei livre para ajudar
Quando da ingratidão me afastar.

Serei livre para vencer
Se o fracasso experimentar
Serei livre para acertar
Se o erro me completar

Serei livre para construir
Quando da demolição descobrir
Serei livre para sonhar
Quando a realidade me ultrajar

Serei livre para aprender
Quando o observar me pertencer
Serei livre para crescer
Quando em atitude me resolver.

Serei livre para amar
Quando de mim, me apaixonar
Serei livre para perdoar
Quando decidir, do intimo, o rancor livrar.

Serei livre para a beleza contemplar
Quando o terceiro olho, o sentimento, não se fechar
Serei livre para me libertar
Quando o tempo que aprisiona me autorizar.

Lufague

domingo, 19 de abril de 2009




MAR /AMAR


Encanta-me só te contemplar.No verde/azul
de tuas águas, no ruído de teus ventos...
Meus sonhos e segredos desnudos
A ti, Revelados em pensamentos.

Encanta-me na aurora que faz raiar
Teu suave sossego em serenidade...
Onde esconde dentro de ti e faz abrolhar
Eufórica, a mágica tempestade.

Encanta-me ao entardecer...
Quando o brilho do sol e da lua
Se fundem deitados a acolher
A luminosidade mansa de tuas àguas

Encanta-me com teu silêncio
Tua brisa suave expressa em acalmia
Em murmúrios se doando em fascinio
Em tua alma abundante de maresia

Encanta-me com teu mar de poesia
Em cada onda quebrada na branca areia
Doce espumas de sal em completa calmaria
Ondas em pura magia num balé linear em cadeia.

Encanta-me com teu mar de sentimentos em liberdade
Quando em atitude de saudade Veste-te de Cinza/solidão,
E assim sereno espera, A volta da luminosidade,
A te alegrar em cores e brilhos nessa imensa vastidão.

Encanta-me ao anoitecer, em teu banho de luar
Fazendo sentir teu frio embebido, molhado
Ou simplesmente na completa escuridão em abismar
O teu vasto e solitário deserto alargado...

Encanta-me com tua linha no horizonte.
Manso mar, no infinito, uma solitária gaivota
Talvez a sonhar tua miragem,a contemplar tua fronte
Um grande enigma ,Encanto do universo, no mistério que brota...


Lufague

segunda-feira, 13 de abril de 2009


Olho-me no espelho
e minuciosamente,
procuro entender
minha maturidade.
É notório que percebo
facilmente os sinais,
físicos de minha declinação.
Vou além do reflexo
de minha imagem,
mergulho fundo na alma,
nos sentimentos,
em minhas emoções.
Percebo que minha
visão realista,
supera minhas fantasias.
Sinto-me imune
as grandes frustrações,
analiso os questionamentos
com mais determinação.
Vejo no espelho a minha
melhor capacidade
de entender
minhas perdas, meus medos,
minhas lamentações
físicas e emocionais.
Vejo certa luz no espelho,
fazendo brilhar
minha maturidade refletida.
Um certo brilho de autonomia,
minha maior liberdade de escolha,
minha experiência, minha serenidade,
minha sabedoria em valorizar
as fases de minha vida.
Em saber tirar dela o que ela
tem de melhor a me oferecer
Enxergo ainda patente
em minha consciência,
sensualidade, erotização.
Ainda mais profundamente,
vejo uma reconhecedora
de perdas e ganhos,
quando tento balancear
Os custos, benefícios
de minha jornada.
Fecho os olhos e convicta,
imagino em minhas mãos
O leme em que posso direcionar
O rumo de minha existência
Com plenitude e libertação.
Que gire a roda do tempo!
Lufague

DESABAFO!




ღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღ

Ego, gostaria que fôssemos,unóculo,uníssimo
Mas, andamos um do outro, sempre na contramão.
Sua autoridade me incomoda me assusta até.
Sempre a mostrar minha dualidade
O que devo ou não fazer,o caminho a seguir...
Toma todas as decisões.
Não dá Ego... se não é possível sermos uno,
Não vou lhe massagear,vou lutar contra você.
Vai ficar desempregado, vou me libertar, "podes crer".
Vou cortar as suas asas,vou tirar o seu poder.
Ah! Como vou fazer?...
Vou encontrar outro alguém p'ra amar você.

Lufague
ღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღღ

domingo, 12 de abril de 2009

BORBOLETAS DANÇAM



As borboletas matizam e dançam a estação...
Dançam na aurora e festejam a prima/vera
Bailam na estação florando em emoções seu coração
Entre o inverno e verão em contemplação e espera

São independentes, volúveis, flutuação em quimera
Voando sempre em festa, tênue beleza em coloração
As borboletas matizam e dançam a estação...
Dançam na aurora e festejam a prima/vera

Adornam e alindam em aromas a vasta imensidão
Encantadas vestem-se de cores,em graduação bela
Dançam no estômago dos enamorados exaltados na emoção
Desabrocham ao sol, perfumam-se das inodoras camélias
As borboletas matizam e dançam a estação...
Lufague


QUERO VIVER!
Quero sentir todos os sentidos latentes...
Quero ver mais com a imaginação, entrelaçar realidade e ilusão
Feito trançar fios de ouro a fios de latão

Quero ouvir mais com os sentimentos,
O silencio que traz a linguagem dos pássaros
Cortando o idioma dos ventos.

Quero sentir mais com o equilíbrio da emoção
O suave abraço da tristeza ao contentamento em comoção.

Quero Ver, ouvir, sentir, aguçar esses sentimentos
Assim bem viver... Cada átimo de meu efêmero tempo!

Lufague


DOM DE SER MULHER!
Sei de minha inteligência emocional
Sei de meu carinho e minha intuição
Sei também de minha capacidade racional
Sei de minha compreensão e fiel dedicação.

Sou amante, companheira, qualquer dona, concubina
Considerada pouco estável em minha fragilidade
Sou valente, destemida na rotina de minha sina
Minha fortaleza está no ânimo de resistir às adversidades.

Sou a que acolhe, germina,gera a semente da existência
Em sua evolução. Sou a que ciclicamente sangra...
O néctar da vida em período de reprodução.

Completando o ciclo existencial, em minha frágil força
acalento, afago, segrego de meu ser o suco branco
Que alimenta e o dom de sangrar em lagrimas o néctar da alma.

Lufague

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

APELO DE SEDUÇÃO!


Não queira me seduzir com realces de sentimentos,
Pois não me sinto vulnerável a falsas ilusões.
Não me lance seus anzóis em iscas de encantamentos
Porque estou à superfície de meus desejos e fantasias.

Não me embriague com elogios e palavras bonitas,
Porque prefiro as reais evidências dos atos.
Não apresente-me seus vazios,
Porque sou simplesmente incapaz de preenchê-los.

Não me revele seu carisma nem precisão,
Na arte de sedução, porque já conheço tal sensação.
Não sou inatingível, sou apenas...
Imune a pequenas tentações.

Lufague

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

AUTO ESTIMA!



Eu comigo mesma no meu maior apreço
Eu em minha consideração,valiosa essencial.
Eu em meu favorável conteúdo interno,
Acumulado de um lúdico tempo.

Sou eu e meu humor adaptado
As diversidades de meu cotidiano.
Sou eu afastando a tristeza “Num chega pra lá”.
Sou eu a tirar com vontade os espinhos da rosa.

O querer embriagar-me na sede de viver
O querer revelar o interior confiante de meu rosto
Na segurança intima de meu atrevimento.

Eu em unidade de espírito, confiança,
Afeição intima, entre meu imo e meu âmago.
Eu e a valorização de mim mesma.

Lufague

domingo, 15 de fevereiro de 2009

A MULHER QUE BORDAVA SENTIMENTOS!




A vida me ofereceu o privilégio de poder observar a singeleza daquela mulher.
Seu porte físico miúdo destoava da grandeza de seu coração.
A bondade condizia com seu próprio ser.
Aquela mulher bordava sentimentos, certamente ela ornava com fios de seda.
Matizando em cores vivas, os linhos e cambraias da vida.
Sua realidade nada tinha de fantasiosa, mas ela possuía a arte de bordar bondade em suas mãos. Devia tirar tal inspiração do manto celeste lavorados de estrelas cintilantes.
Quando noite,… morna era sua ilusão. Devia idealizar desenhos de seus sonhos de lavor, admirando durante sua lida,nuvens silenciosas em diversas cores e formas.
Tinha no olhar um pequeno tom de melancolia, como se adivinhasse sua própria sorte.
Mas sua alma era de serenidade, porque transmitia boa harmonia.
Aquela mulher que bordava… da vida merecia um circulo de luz, desses que cinge a cabeça das imagens dos santos e divinos personagens.
Aquela mulher possuía nas mãos a arte de bordar, na alma a arte de sonhar...
A ingratidão da vida.

(Homenagem ,mãe Zenor)

ACRÓSTICO!

M ulher de pura sentimentalidade.
A lma de imensa grandeza em bondade .
R eal ser de beleza interior .
I nfinitamente doadora de si.
A miga, compassiva em compaixão.

Z elo e total dedicação aos seus.
E ssencial se fazia ser.
N atureza boa e serena.
O rigem humilde de sentimentos.
R epresentante maior da existência de seu clã.

Lufague

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Dualidade em mim!


Nas voltas de minha consciência..
Dou-me de cara com o contraditório e suas diferenças
Sua afirmação e sua negação, sua oposição

Então descobri...

O bem e o mal habitam em mim...
Anja e diabinha habitam em mim...
Pudor e despudor habitam em mim...
Temor e coragem habitam em mim...
Incredulidade e fé habitam em mim...

Amor e desamor habitam em mim...
Fantasia e realidade habitam em mim...
Alegria e desalento habitam em mim...
O perfeito e o imperfeito habitam em mim...

Enfim defeitos e qualidades habitam em mim...
E assim descobri...O dualismo do mundo existe em mim...
Sou duas coisas ao mesmo tempo,
Sou a coexistência do universo!

Lufague

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